Não é "adeus": é "até logo"! =)
Vendedor de Sonhos

.
..
Que você seja um vendedor de sonhos.
Ao fazer os outros sonhar
Não tenha medo de falhar;
E se falhar,
Não tenha medo de chorar;
E se chorar,
Repense sua vida,
Mas não desista:
Dê sempre uma nova chance
para si mesmo
E para quem ama
___________________________________________
Autora: Lindinês Rodrigues - 1ºD/Manhã - LiceuCe
.
.
.
.
.
Penso em ti
Vou buscando em cada mirada
Um olhar que me faz refletir
Sobre aquele beijo que queria te dar.
Um sorriso sincero,
Um abraço lunar,
Penso em ti.
Eu queria tanto te falar o que penso
Pois a cada manhã,
Eu lembro: eu quero te dar um beijo.
Mas agora tudo mudou
Penso em ti,
Penso em ti.
.
Refrão:
Tua voz serena,
falando coisas
que eu nunca poderia imaginar.
Fecho os olhos
Vejo o teu rosto lindo
O qual eu sei que não poderei tocar
Quinhentismo

·Lit. Informativa - conquista material para o governo português
·Lit. Jesuítica - conquista espiritual, num movimento resultante da Contra-Reforma
.
·capitalismo mercantil e grandes navegações
·auge do Renascimento
·ruptura na Igreja (Reforma, Contra-Reforma e Inquisição)
·colonização no BR a partir de 1530
·lit. jesuítica a partir de 1549

(...)
"Viu um deles [índios] umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo. Isso tomávamos nós por assim o desejarmos"
(...)
"Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm nem entendem em nenhuma crença"
(...)
"Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza
·textos descritivos em linguagem simples
·muitos substantivos seguidos de adjetivos
·uso exagerado de adjetivos empregados, quase sempre, no superlativo
Autor da "certidão de nascimento" do BR, onde relatava ao rei de Portugal a "descoberta" da Terra de Vera Cruz (1500)
Diário da navegação da armada que foi à terra do BR em 1500 (1530)
Tratado da terra do BR e A história da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamam BR (1576)
Tratado descritivo do BR (1587)
Diálogo das grandezas do BR (1618)
História do Brasil (1627)
Diálogo sobre a conversão dos gentios (1558)

A título de catequizar o "gentio" (índio, estrangeiro) e , mais tarde, à serviço da Contra-Reforma Católica, os jesuítas logo cedo se fizeram presentes em terras brasileiras. Marcaram essa presença não só pelo trabalho de aculturação indígena, mas também através da produção literária, constituída de poesias de fundamentação religiosa, intelectualmente despojadas, simples no vocabulário fácil e ingênuo.
pois deu sua vida morrendo
--Auto de São Lourenço, Pe José de Anchieta
O bem se vai gastando.Toda criatura passa voando.
Em Deus, meu criador, está todo meu bem e esperança
meu gosto e meu amor e bem-aventurança.
Quem serve a tal Senhor não faz mudança.
do doce amor de Deus toda ferida,
buscando a outra vida,
Do pé do sacro monte meus olhos levantando
ao alto cume,vi estar aberta a fonte
do verdadeiro lume,
Correm doces licores das grandes aberturas
do penedo.Levantam-se os errores,
levanta-se o degredo e tira-se a amargura
do fruto azedo!
--Em Deus, meu criador, José de Anchieta
Pesquisa para ser entregue na aula de Literatura do dia 05/10:
- a importância de Gil Vicente para a Literatura Portuguesa;
- qual a influência do auto teatral "O Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, na Literatura Brasileira.
.
Para isso, você poderá comparar "O Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, e o "Auto da Compadecida, peça de Ariano Suassuna que ganhou adaptação para o filme que foi veiculado nos cinemas brasileiros.
.
Sugestão para fontes de pesquisa:
.
.
- O link http://descobertas-literarias.blogspot.com/2009/09/analogia-entre-o-auto-da-barca-do.html
.
- Será enviado para o e-mail de cada estudante os livros virtuais de "O auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente, e "O auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, para aqueles que quiserem ler cada obra por completo.
.
- Sites como:
Biblioteca virtual http://www.virtualbooks.com.br/
Site Enciclopédico http://www.wikipedia.com.br/
Site Cultural http://www.mundocultural.com.br/
http://www.portaldasletras.com.br/
Analogia entre "O Auto da Barca do Inferno" e "O auto da Compadecida"
Onzeneiro – Condenação da usura, da ganância e da avareza.
Sapateiro – Condenação da má fé no comércio e da hipocrisia religiosa.
Parvo – Glorificação da modéstia e da humildade.
Frade – Condenação falso moralismo religioso.
Alcoviteira – Condenação da feitiçaria e da prostituição.
Judeu – Perseguição religioso.
Corregedor / Procurador – A condenação da burocracia corrupta e do uso do poder em proveito próprio.
Enforcado – Testa-de-ferro burocracia corrupta.
Os Quatros Cavaleiros – Glorificação do ideal das cruzadas e espírito do cristianismo puro.
Padre
Sacristão
Mulher
Padeiro
Severino
Cangaceiro
João Grilo
.
VICENTE, Gil. O Auto da Barca do Inferno, FTD , edição 1998
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida, Rio de janeiro, Agir, 2001
Faraco e Moura – Vol Único – Editora Ática, pág 91, 124 e 345
Língua Portuguesa
Hermínio Sargentim – Ensino Médio – Editora IBEP, pág 327
Português – De Olho no Mundo do Trabalho
Ernani Terra e Jose di Nichola – Ensino Médio – Editora Scipione, 1a Edição, 2006.
Português – Série Novo Ensino
MAIA – Ensino Médio – Editora Ática, 11a Edição, 2005
Biblioteca virtual
www.virtualbooks.com.br
Site da PUC
www.puc.br
Site Enciclopédico
www.wikipedia.com.br
Site Cultural
www.mundocultural.com.br
www.portaldasletras.com.br
Sítios de pesquisa como:
www.google.com.br
Eternidade
E a força do Interior

O Renascimento é uma época contraditória. Ao mesmo tempo que enfrenta os maiores desafios científicos e as aventuras marítimas, realiza a libertação do indivíduo e desenvolve o culto à beleza, compraz-se também no mais puro obscurantismo, evidente nos autos de fé, na escravidão dos negros, na prática dos alquimistas e dos astrólogos e no maior empobrecimento dos pobres. Significa a ascensão da burguesia, possuidora de bens, que aspira, entretanto, à nobreza, razão pela qual, em seu aspecto positivo, vem manifestar o gosto aristocrático pela cultura e pelas artes, exercendo o mecenato. Não há uma ruptura com o Cristianismo, e sim, estimulam-se pintores e poetas a representar o elemento pagão ao lado dos motivos cristãos.
.
Era uma Europa nova, moderna, constituída em outras bases. Com o fim das Cruzadas processou-se um conjunto de alterações sócio-político-econômicas, decorrentes do renascimento do comércio, da urbanização e do surgimento da burguesia. A junção desses elementos impulsionou o processo de formação do Estado Nacional (também chamado de Monarquia Nacional Absolutista), no qual o rei concentrava o poder em suas mãos, e, assim, lentamente foram sendo demolidos os pilares que sustentavam o feudalismo.
.
Houve no campo sócio-econômico, a expansão comercial européia mediante as Grandes Navegações, que surgiram entre outros fatores, como uma alternativa à chegada às fontes das especiarias sem ter que depender do monopólio italiano e dos diversos intermediários e como forma de superar as crises do século XIV: trilogia peste, fome e guerras. A economia passa a se caracterizar pelo desenvolvimento do capitalismo mercantil. É através das riquezas advindas das Grandes Navegações que os Estados Modernos conseguiam os recursos para a manutenção do poder Absoluto, pois desenvolviam o Mercantilismo, política de controle e incentivo que se caracterizava, pela balança comercial favorável, pelo protecionismo alfandegário, pelo pacto colonial, pelo metalismo e pelo exclusivismo comercial.
.
No campo religioso houve a Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, em 1517, na Alemanha, que vai servir como base ideológica do capitalismo, uma vez que apóia a usura, o lucro. No campo científico, a ciência moderna desenvolve-se fundamentada em métodos rigorosos de observação e experimentação. Houve ainda, um avanço na divulgação e comunicação com a utilização dos tipos móveis da imprensa, permitindo maior difusão dos conhecimentos. No campo tecnológico houve o emprego da bússola e do astrolábio, o uso da pólvora e do papel.
.
As circunstâncias históricas e uma peculiar situação geográfica confiaram ao povo lusitano um papel de relevo na evolução do Renascimento. É que Portugal, através de alguns estudiosos e particularmente das descobertas marítimas, colaborará de modo direto e intenso no processo renascentista. Todavia foi o alargamento do horizonte geográfico, com sua corte de conseqüências econômicas e políticas, que conferiu ao povo português relevância histórica no período que corre desde os fins do século XV até meados do século XVI.
.
Com efeito, a descoberta do caminho marítimo paras Índias, empreendida por Vasco da Gama em 1498, seguida do “achamento” do Brasil em 1500, cercou-se duma série de semelhantes e felizes cometimentos, que permitiram a Portugal gozar de uma momentânea mas intensa euforia. Sobrevém daí uma extraordinária prosperidade econômica, que aos poucos se vai atenuando, até a derrocada final em Alcácer-Quibir, em 1578, quando morre D. Sebastião e o exército português é vencido pelo sarraceno.
.
Foi no ímpeto revolucionário da Renascença, e como desenvolvimento natural do Humanismo, que o Classicismo se difundiu amplamente, por corresponder, no plano literário, ao geral e efêmero complexo de superioridade histórica. Preza pelo antropocentrismo em detrimento do teocentrismo medieval; prefere o paganismo ao teologismo; valoriza o saber concreto, científico e objetivo e não o abstrato; a mitologia greco-latina passa a funcionar como símbolo ou ornamento, em suma: o humano prevalece ao divino.
.
Costuma-se considerar como o marco inicial do Classicismo o ano de 1527, quando regressa da Itália, Sá de Miranda, tendo permanecido lá por seis anos, onde tomou contato com estudiosos preocupados com o florescimento do estudo da literatura antiga, grega e latina, trazendo as novas tendências européias para Portugal. Introduziu ou colaborou para introduzir precipuamente a medida nova, e ainda: o verso decassílabo, o terceto, o soneto, a epístola, a elegia, a canção, a ode, a oitava, a égloga, a comédia clássica. Tornou-se o principal divulgador da estética clássica, mas o papel de teórico do movimento coube a Antônio Ferreira. O ano que marca, didaticamente, o fim do movimento é 1580, quando morre Camões, o poeta épico visionário português e Portugal é anexado ao domínio espanhol, inaugurando a União Ibérica.
.
Denominam-se clássicas as obras e o movimento de Classicismo porque em decorrência dos empreendimentos do homem em diversos campos da atividade e do ressurgimento do interesse pela Antigüidade greco-latina, a Europa passa a cultivar novas realizações na Arte inspiradas na cultura clássica.
.
No ideário clássico é fundamental a tradução e comentários de textos teóricos greco-latinos, nomeadamente, a Poética de Aristóteles e a Arte Poética de Horácio. Fundamentos de suas poéticas passam a servir como modelo às obras clássicas, ligadas ao uso da razão como forma de alcançar a perfeição, a harmonia, a beleza e a verdade universais e absolutas.
.
O Classicismo consistia, antes de tudo, numa concepção de arte baseada na imitação dos clássicos gregos e latinos, considerados exemplos de suma perfeição estética. Mas imitar não significava copiar, sim criar segundo as fórmulas, as medidas empregadas pelos antigos. Daí a observância às “regras”, estabelecidas como verdadeiros pressupostos da obra literária: os escritores não tinham mais que observá-las, acrescentando-lhes a força do talento pessoal.
.
A arte clássica é racionalista por excelência, mas isso não significa ausência de sentimento e emoção, apenas pressupõe que a Razão controle-as, evitando que transbordem. Estabelece-se, ou deseja-se, um equilíbrio entre Razão e imaginação para criar uma arte universal e impessoal. Todavia a impessoalidade e a universalidade implicavam uma concepção absolutista de arte: esta, deveria expressar verdades eternas e superiores, na medida em que se aproximassem dos arquétipos, ou seja, os modelos greco-latinos. Daí vem que os clássicos renascentistas procurem a Beleza, o Bem e a Verdade, com maiúsculas iniciais, em virtude dessa concepção absolutista e idealista de arte. Um alto objetivo ético é o que tencionavam alcançar com suas obras.
.
O clássico buscava entender a harmonia do Universo e dela participar utilizando a Razão ou a inteligência. O clássico queria ser intelectual antes de sensitivo, com a inteligência voltada para fora de si, para o Cosmos, e não para dentro, na sondagem do próprio “eu”, como farão posteriormente os românticos.

.
A época do Classicismo apresentou um grupo notável de poetas, encimado por Luís de Camões, tendo a poesia se colocado à frente das outras manifestações literárias coevas. Decorre daí que o Classicismo português se abre e fecha com um poeta: Sá de Miranda e Camões. Numa visão de conjunto, este último é o grande poeta, enquantos os demais se colocam em plano inferior, naturalmente ofuscados pelo seu brilho.
.
Pouco se sabe da biografia de Camões. De nascimento incerto, entre 1524 ou 1525, Camões provavelmente pertenceu a uma família aristocrárica da Galiza, tendo acesso à vida palaciana na juventude. Leu Homero, Petrarca, Vírgilio, Ovídeo, entre outros e provocou paixões em damas da corte, dentre as quais a Infanta D. Maria e D. Catarina de Ataíde, o que caudou seu “desterramento” para longe da Corte. Foi como soldado raso, em Ceuta, que perdeu o olho, deficiência muito insistantemente enfatizada em sua poética, como se nota em: “Sem olhos vi o mal claro / que dos olhos se seguiu; / pois cara-sem-olhos viu / olhos que lhe custam caro...”.
.
Seu maior destaque é na poesia, que se divide em duas maneiras fundamentais: a maneira medieval, tradicional, que usa a medida velha (redondilha maior de sete versos e menor de 5 versos) e a maneira clássica, renascentista, expressa pela medida nova e que se subdivide em lírica, vazada em sonetos, odes, elegías, canções, églogas, sextinas e oitava, e épica, n’Os Lusíadas.
.
Quanto à lírica camoniana, as análises da obra de Camões geralmente costumam apontar alguns núcleos temáticos e estilísticos da poesia épica e lírica. Quanto ao estilo, faz-se a relação da poesia camoniana com o estilo clássico (odes, elegias, medida velha, influência trovadoresca das cantigas) e a inovação estética (medida nova, maneirismo, antecipações dos estilos arcádio e romântico) que trouxe. Os núcleos temáticos presentes na lírica camoniana são geralmente cinco: o humor; o jogo de paradoxos; a Teoria do Amor; o desconcerto do mundo e o metafísico, reflexivo e transcendental.
.
De acordo com o Dicionário de Termos Literários (Massaud Moisés), a poesia épica principa-se com a Odisséia e a Ilíada do século IX a.C, escritas por Homero. Posteriormente temos as epopéias da Índia e da Finlândia. A epopéia dos romanos foi a Eneida de Vírgilio, escrita no século I a.C. No entanto, durante a Idade Média as epopéias perdem espaço para as novelas de cavalaria, apesar disso, na Itália, Dante escreve a Divina Comédia. É na Renascença que há um novo impulso às epopéias nacionais, impulsionadas pela redescoberta do mundo greco-latino, dentre elas: Os Lusíadas (1572).
.
Durante o Renascimento fixam-se regras de como deveria ser a poesia épica: girar em torno de um assunto sublime; prender-se a acontecimentos históricos ocorridos há muito tempo; ter como protagonista um herói de superior força física e mental. Quanto à estrutura, a divisão deveria ser feita em três partes autônomas: Introdução (composta por Proposição, Invocação e Dedicatória), Narração e Epílogo. Devia envolver a esfera do maravilho (impacto de forças sobrenaturais na ação dos heróis) e empregar o verso decassílabo heróico. Considerando-se até o século XVIII, pode-se fazer uma diferenciação fundamental entre poesia épica e epopéia. Nem todo poema épico é epopéia, mas toda epopéia é sempre um poema épico.
.
.
Os Lusíadas estão divididos em 10 cantos que apresentam no total, 1102 estrofes ou estâncias organizadas em oitava rima (AB AB AB CC) e perfazem 8816 versos decassílabos heróicos. O tema abordado é a história de Portugal, a glória do povo navegador português e a memória dos reis que foram dilatando a Fé e o Império, a que seu título já sugere, pois a palavra que nomeia a epopéia designa os Portugueses, que a erudição humanística assim nobilitava como descendentes de Luso, filho ou companheiro de Baco.
.
Conforme Clenir Bellezi de Oliveira, em “Mares nunca dantes navegados”, entre os diversos episódios fantásticos que permeiam Os Lusíadas alguns se consagram como “notáveis”: o de “Inês de castro”, o do “Velho do Restelo, o do “Gigante Adamastor e o da “Ilha dos Amores”.
.
Um fator interessante e representador do espírito renascentista ou moderno é o fato do herói do poema não ser Vasco da Gama, mas os navegantes como unidade, ou seja, o povo português, o próprio Portugal. Há também a coexistência do maravilhoso pagão (a intervenção de deuses da mitologia) e do cristão (intervém o sobrenatural do Cristianismo); a atitude subjetiva do Epílgo; os sentimentos e frustrações pessoais que Camões transfere aos personagens.
.
O Prof. Gilbero Mendonça Teles apresenta no estudo “O mito camoniano: a influência de Camões na Cultura Brasileira”, que todo poeta brasileiro foi influenciado por Camões, inclusive os dois maiores escritores brasileiros, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade, pois os mesmos fizeram referências, alusões, paráfrases, enfim, reapropriações inteligentes do ciscurso camoniano, épico e lírico. O processo de influência camoniana vai do nome do Poeta, citado no texto dos poemas, aos versos e nome postos em epígrafe e adquirem um sentido maior de intertextualização quando lhe retomam os temas e as formas expressivas.
.
Outros poetas, menores em talento quando comparados à Camões, mas que merecem referência, são: Sá de Miranda, que cultivou o teatro e a poesia, esta, dividida em entre “media velha” e “medida nova”; Antônio Ferreira, afora o papel de doutrinador do Classicismo em Portugal e de mestre da pureza de linguagem, tem mérito estético por determinados sonetos insertos nos Poemas Lusitanos e pela tragédia A Castro; e Bernardim Ribeiro, escritor da novela Menina e Moça.
.
O clima ideológico da Renascença portuguesa atingiu ainda outras zonas de atividade literária: literatura de viagens, novela de cavalaria e sentimental, conto, teatro e prosa doutrinária. Quanto à literatura de viagens Massaud Moisés assevera que surgem devido à impressão de assombro deixada pelas descobertas de novas esferas e paisagens, sucedendo o desejo de fixá-las para transmiti-las a todos.
-------